Divisão de Ciência da Computação - IEC
(Giovanni Constantino Provenza)
A Divisão de Ciência da Computação surgiu com base na Divisão de Processamento de Dados do ITA após sua reformulação para apoio aos cursos já existentes, como o Curso Superior de Tecnólogo em Computação, de Mestrado e Doutorado com concentração em Informática , apoio aos cursos de graduação do ITA e já tendo em vista a criação do curso de graduação em Engenharia de Computação, sendo a divisão responsável pelas matérias na área de software. Para cumprir com seus objetivos a divisão está estruturada nos seguintes departamentos:
Estes departamentos trabalham também em diversos projetos de pesquisa publicados por seus professores e também algumas parcerias com a iniciativa privada, tais como:
Para o futuro a divisão tem planos de aperfeiçoamento que visam permitir que os alunos e pesquisadores do ITA tenha acesso ao que houver de mais moderno ne tecnologia da informação. |
Professores Homenageados: Mokarzel e Celso Renna DIVISÃO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO - IEC Departamento de Engenharia de Software - IECE Departamento de Teoria de Computação - IECT
Adilson Marques da Cunha, D. Sc. - IECT |
COMP-96 Com muito orgulho!
(Daniel de Albuquerque Cardoso)Terminar o curso de Engenharia de Computação no ITA na Turma 96 traz várias grandes alegrias. Antes de mais nada, claro, terminar o curso, que é sempre uma tarefa meio complicada, ainda mais no ITA, sujeito e objeto do amor, do medo e do ódio de todos nós. Ser na Turma 96 também foi uma alegria - embora seja uma turma pequena, trouxe muitos amigos e pessoas fora do comum. E alegria também pelo fato de ser a Engenharia de Computação - a escolha certa para nós. Foi neste curso meio novo, meio esquecido pelas outras Divisões, meio dividido entre a Computação e a Eletrônica, que a turma teve seu aprendizado profissional, seu período de crescimento. E que crescimento! Dos oito que começaram o dificílimo 1o COMP em janeiro/94, nenhum ficou pelo caminho, e ainda ganhamos a companhia de mais quatro grandes amigos.
Hoje, não daria para imaginar a COMP-96 se formando sem a "noção" do Vinicius (esse é o nome do Galinha, lembra?) ou as atuações surpreendentes do Márcio (o Zé B), ou as cabeças privilegiadas do Rômulo e do Édson Parente (o Gauchão de Coreaú). Sem as explicações do Maurício, com certeza ia ficar muito mais difícil entender todos aqueles circuitos e programas (para nós ele é o suma cum laudae - e sem estudar!). O COMP-apê não seria o mesmo sem o Fábio Maranhão e o Giovanni (com seus cadernos sempre completos), e nem podemos esquecer o empenho do Clóvis em entregar os trabalhos antes da hora, para poder ir embora para casa. Do Sugimura, ao contrário, a gente lembra sempre meio atrasado, lá pelo meio da segunda aula. E não podiam faltar os computadores super incrementados, "arquitetura aberta nível 5" do Neném (às vezes chamado de Ricardo Faulhaber) e do Alexandre (ou Uratsuka, ou Manoel, ao gosto do freguês). Nesse ranking (que só os iniciados vão reconhecer), eu, Daniel, estaria em sexto, ali entre o Maurício e o Maranhão, embora eu questione esta posição. Mas isso não importa muito agora. O importante é ter podido dividir com esta turma a oportunidade de crescer e aprender . Chato, só lembrar que o Wilson Brasil poderia estar vivendo este momento conosco, mas preferiu seguir outros caminhos.
Se há uma cena que pode representar bem a COMP-96 é a véspera de uma prova qualquer no 232, o "COMP-apê". Bastava começar a noite e o movimento ia aumentando. Lá pelas tantas, além dos moradores do apê (o Maurício, o Giovanni, o Márcio e o Maranhão) e de habitués como eu e o Neném, toda turma estava ou já tinha passado por lá, para tirar dúvidas ou explicar alguma coisa ou, simplesmente, ficar estudando por ali. E o ponto alto eram os brainstormings, onde os que ainda estivessem acordados tentavam resumir a matéria e tirar as últimas dúvidas com o Maurício. Nesses exercícios de estudo coletivo, não dá para esquecer a briga pelas camas para sonecas de 15 minutos enquanto alguém tentava resolver um problema mais chato, a preocupação em não deixar o Vinicius dormir e babar na cama de alguém (como ele tinha feito em cima do osciloscópio do Lab de Controle), ou o despertador tocando no outro quarto para acordar alguém que tinha resolvido dormir um pouquinho ("só até as três da manhã!"). E mesmo quando o estudo se encaminhava para o bostejo generalizado (o que não era tão raro), era para relaxar um pouco e continuar. Chato mesmo era voltar para o apê morrendo de sono, altas horas da madrugada - nestas horas, o 232 parecia mais longe que nunca...
Tentar contar todas as histórias destes três anos de COMP está além das possibilidades deste texto. Desde que começamos o 1o PROF e a Computação para nós resumia-se a uma cadeira com o professor Celso Renna e outra com o Mokarzel, em meio a outras cinco matérias de ELE, já se passou tanta coisa... Estudamos muito, sim; viramos muitas noites (a maioria delas lá pelo COMP-apê); mas também aprendemos, crescemos e nos divertimos bastante. Graças ao empenho do Rômulo e do Parente, mantivemos sempre atualizado o nosso ranking - e quantas gratas surpresas não apareceram neste período! Desde o Maurício, que formava comigo uma dupla dinâmica em muitos bailes (nos quais ele sempre conseguia pegar mais pesado que eu), até o Márcio, que foi só terminar o namoro para subir às mais altas posições. Do Galinha, nem se fala... O Rômulo, ao contrário, apaixonou-se e parou de atuar - que grande talento a ABITA perdeu! Aprendemos também a escolher "democraticamente" os nossos representantes de turma, depois que o Giovanni renunciou em caráter irrevogável ao cargo que parecia eternamente dele.
Se o primeiro ano foi meio chato por causa do excesso de matérias de ELE, o 2o COMP melhorou um pouco. Passamos a ter mais matérias de COMP que de ELE e começamos a resolver problemas mais complexos, como o "Jantar dos Filósofos" e o do "Barbeiro Dorminhoco". Engraçado mesmo foi, numa bela madrugada no 232, começar a resolver uma série de Sistemas Operacionais e se deparar com o seguinte enunciado: Imagine two baboons... Foi a glória: o baboon foi eleito o totem da COMP, ao lado, claro, do Zabulon, que batizou todos os arquivos-teste gerados naquele ano (e no seguinte). E com baboons e tudo, passamos incólumes pelo Yano, que tanto medo havia causado. Foi necessário um pouco mais de trabalho para passar pelo Jacques e pelo FW - mas mais cedo ou mais tarde, todos conseguimos. Nesse ano, ainda teve o sistema gráfico do Pellegrino, o projetinho de Engenharia de Software do Clóvis (o professor) e o "compiladorzinho" do Felipe. Tudo isso em paralelo com a Comissão de Viagens, onde a CAPRO, do Maranhão e do Parente, bateu todos os recordes de faturamento; a COAL do Galinha surpreendeu, sendo a comissão que mais arrecadou por pessoa, e a nossa (minha e do Maurício) COEV, modéstia à parte, organizou o maior (e melhor!) Sábado das Origens de todos os tempos.
Quando voltamos da Europa, lá estávamos nós no quinto ano. Finalmente, começávamos a ter matérias tipo Administração, Direito, Marketing, Economia... Alguns de nós já faziam estágio, outros aproveitavam a quinta e a sexta livres para adiantar o TG e outras coisinhas mais (já pensou, toda semana ter três sábados?). Foi nesta época, entre as preocupações com TG, formatura, estágio, emprego, 100 dias, que descobrimos que podíamos ter um time de futebol (de salão, obviamente) da turma. E lá fomos nós para o Torneio Interturmas de FutSal, com os cinco de nós que se arriscavam a entrar em quadra. Reservas, nem pensar! - embora a torcida estivesse sempre presente. E após um início desastroso, descobrimos no Sugimura um beque intransponível (adivinha quem teve que ir para o gol...) e graças à garra do time e, sobretudo, ao talento e aos gols do Rômulo, chegamos ao terceiro lugar, num jogo só decidido nos pênaltis - e mesmo assim só depois que eu, com a mão machucada e segurando uma pedra de gelo para agüentar a dor, perdi dois pênaltis (ainda bem que o Clóvis defendeu todas e o Rômulo acabou por decidir a sorte da partida!). Este sim, foi um bronze que valeu ouro! E depois de toda a emoção, ainda voltamos à "rotina" das palestras e entrevistas de emprego...e já vai acabando nosso último ano de COMP 96.
No último semestre, como no primeiro, temos uma matéria com um dos homens que mais lutaram para tornar realidade o curso de COMP - o professor Celso Renna. Nada mais justo que deixar - aqui também - o nosso agradecimento a ele. E também a todos os professores, à nossa "turma-irmã" da ELE e a toda 96.
Na hora que escrevo, ainda nem acabou o ano, mas já começo a sentir saudades. Ainda nem sei quais vão ser os nossos próximos empregos, mas tenho certeza de que todos nós, de uma forma ou de outra, vamos encontrar nosso caminho - sei que todos, na COMP 96, podem e merecem estar fazendo o que gostam. Por todos estes anos de aprendizado e companheirismo, obrigado e muito sucesso, AMIGOS!! Espero que a COMP 96 ainda se reúna muitas vezes, nas esquinas e nos Sábados das Origens da vida...
Formandos 1996:
Alexandre Uratsuka Manoel 01/02/72 - Curitiba-PR |
Antônio Édson Carvalho Parente 06/07/72 - Coreaú-CE |
Clóvis Freire Júnior - 1º Ten Eng 30/05/73 - Fortaleza-CE |
Daniel de Albuquerque Cardoso 06/11/74 - Rio de Janeiro |
Fábio Martins Maranhão 18/10/74 - Rio de Janeiro |
Flávio Yoshihiko Sugimura 10/01/72 - São Paulo-SP |
Giovanni Constantino Provenza - 1º Ten Eng 01/03/71 - Rio de Janeiro |
Márcio Luis Almeida dos Anjos 16/09/73 - Rio de Janeiro |
Maurício César de Abreu 13/04/74 - Ribeirão Preto-SP |
Ricardo Andrade Faulhaber - 1º Ten Eng 03/07/73 - Juiz de Fora-MG |
Rômulo Nascimento Garcia 04/02/73 - Fortaleza-CE |
Vinicius Emmanuel Pennacchia Bloise 12/11/74 - São José do Rio Preto-SP |